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PACTO DE AMOR

  • reginalira920
  • 26 de nov.
  • 6 min de leitura
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PACTO DE AMOR

CAPITULO 8.

Eu lutando por ela

Eu lutando por minha querida Gabriela, mas estou perdendo.

Comprei o apartamento, basta ter dinheiro e se tem tudo que quer, nem tudo. Estou aqui só. Por lei não sou casada com Gabriela e como ela tem família e essa família não aceita nossa relação, antes suportava só que agora tudo mudou.

Gabriela, esta impossibilitada de falar e passa boa parte do tempo fazendo o tratamento de recuperação motora e eu neste tempo só pude vê-la duas vezes em um mês. Estou morrendo de saudade, do seu beijo, do seu abraço.

Paula está sempre lá, tentei falar com a mãe de Gabi, mas ela não quis ouvir. Falei que ganhei um dinheiro e comprei um apartamento maior e tenho toda a estrutura para tê-la comigo, mas mesmo assim ela não deixou. Falei então com o pai dela o Sr.Alfredo que parece mais sensato, mas ele não fez nada, deve ter medo da mulher ou não quis se meter.

Advogados, pensei em mover um processo contra eles e Gabriela o que pensaria de mim. Eu processar seus pais.

Não fiz, tentei, tentei a exaustão, mas não teve jeito. Eles a afastaram de mim, nem ligar eu consigo, não passam a ligação.

Sei que a Paula está perto dela, sei que era a Paula a mulher que a deixou uma vez e agora é sua amiga. Só quero saber como vai sair do armário e contar que ama a Gabriela para a dona Ana?

Por que agora é sua melhor amiga, e eu fico longe da Gabi, e Paula fica com um vasto tempo para reconquistar o meu amor. Não sei o que fazer, tenho tudo, até o cachorro. Ele é minha companhia agora. Dei o nome a ele de Máximo. Ele é o máximo mesmo, carinhoso comigo.

Curioso ele me encontrou, ao invés de comprar ele me achou. É um sem raça, mas de porte médio, já adulto, mas soube me cativar, espero que Gabi quando voltar para mim goste do Máximo.

Ele sempre me convida para passear mesmo em dias que estou triste, ele me deixa feliz mesmo com essa saudade da Gabi me matando cada dia. Foi que num dia desses encontrei a Lara no parque que levo o Máximo.

Olá, quem diria você e um cachorro, achei que gostava dos felinos.

Eu sorri e disse:

Olá, gosto de bicho, são fiéis.

Ela sorriu:

E´, como está a Gabi?

Eu olhei para ela e falei:

Deve estar bem.

Ela me olhou surpresa e perguntou:

Como deve? Vocês não estão juntas?

Lara,ficou feliz, nem disfarça.

Eu respondi:

Está na casa dos pais.

Mas vocês estavam juntas?

Lara, para de parecer se importar comigo ou com ela, por favor.

Manoela, desculpa, mas fiquei foi chocada. Como isso aconteceu?

Simples, a mãe dela é homofobia e aproveitou e usou seu poder de mãe fez o que quis. E como é ela quem manda, falei com o pai da Gabi, mas não adiantou.

E vocês se separam então?

Não, eu pensei em processar os pais dela, mas como posso fazer isso. Gabi não vai me perdoar. Quer saber eu não sei o que fazer.

Manu, nossa você deve estar sofrendo.

Eu olhei para ela e disse:

Que é? Você veio aqui para me ver sofrer? Você me fez sofrer um dia e agora me vê sofrer de novo, mas ainda bem que não é por você.

Manu, não por favor. Não estou feliz com sua infelicidade, pelo contrário estou é triste. Entendi o teu amor pela Gabi, aceito que te perdi. Me perdoa se te fiz sofrer. E quero que saiba que ainda amo você, mas sei que não tenho mais chance com você. Sei bem o que perdi. A Gabriela é uma mulher de sorte. Saiba que o que puder fazer para ajudar me fale e eu te ajudo, de coração.

Eu olhei para ela e disse:

Obrigada, mas acho que só o tempo pode me ajudar agora. A Gabriela se recuperar e sair de lá com suas próprias pernas.

Não, você vai ficar esperando?

Sim, é o que me resta. Fiz de tudo, mas não posso ir contra os pais dela e tem a tal de Paula.

Paula, quem é essa?

É uma amiga de infância da Gabi, mas eu sei que foi sua namorada.

Mais um motivo para você não deixar isso acontecer.

Lara, eu não estou te entendendo, o que você está querendo?

Nossa Manu, como você é desconfiada só estou querendo te ajudar.

Ajudar? Sei.

Para disfarçar, olhei no relógio e disse que estava na minha hora e me despedi de Lara.

Ela cheia de amor me abraçou e foi.

Claro que não confio nela, nunca mais confiarei nela depois do que me fez. Sei que se deve perdoar, mas esquecer uma traição. Não, mesmo.

Cheguei em casa, soltei o máximo que foi direto beber água, eu direto para banho. No banho lembrei da Gabi e como gostávamos de transar sob a água morna do chuveiro, agora tinha uma super ducha de água morna, nossa ela iria adorar. Aquele corpo ali todo meu, pude ver, pude sentir. Saudade misturada com desejo. Eu me masturbei pensando naquele corpo sedento por meus carinhos, meu toque, seus peitos lindos, meus lábios a percorrer seu corpo. Seus gemidos, e seguindo meus instintos e indo ao ponto certo, seu clitóris sensível ao meu toque. Um beijo e ela era toda minha, pedia mais e eu obedecia. Meu amor, minha mulher, meu tesão.

E quando estava no meio daquele momento maravilhoso o interfone toca.

Sai enrolada na toalha e fui atender o interfone:

Alo, boa tarde.

Boa tarde, Dona Manoela. Tem uma moça aqui. Dra.Margarete, posso mandar subir?

Há, claro. Pode sim obrigada.

Tinha até esquecido, ela avisou que viria mais cedo.

Me vesti rápido e logo ela estava na porta.

Olá, tudo bem?

Tudo e você?

Entre, por favor.

Margarete entrou e eu perguntei se queria um café ou um suco, ela aceitou um café e eu a convidei para cozinha e comecei a fazer o café enquanto ela me olhava. Eu confesso que fiquei meio sem graça, mas perguntei:

O que foi?

Nada, só pensei você aqui neste apartamento, como deve ser triste.

Eu sorri e disse:

Estou bem, posso ter tudo que eu queria ter, mas daria tudo para ter meu amor de volta comigo.

Ela então foi até mim e disse:

Você sabe que tem uma amiga, se precisar estou aqui.

Eu sei, obrigada você se mostrou uma grande amiga. Nem sei como te agradecer.

Ela então me abraçou e eu retribui. O café ficou pronto então eu disse:

O café, ficou pronto. Sorrimos e eu servi o café a ela.

Fomos sentar na sala e ela me disse:

Sabe, a Gabriela está se recuperando bem, mas vai demorar um pouco até poder sair de lá.

Eu sei, espero que não demore.

Mas você sabe que ela ficou com algumas sequelas, não sabe?

E´, quais? Achei que não ficaria.

Dificuldade de andar, mesmo com a fisio vai ter dificuldade e o fato do trauma na cabeça é provável que não possa mais trabalhar na área dela.

Eu fiquei espantada com aquilo, e perguntei:

Você não falou isso para ela? Falou?

Não, mas como medica que sou falei para os pais.

Entendo, mas ela está consciente de tudo. Gabi é uma mulher esperta. Eu sei que ela é forte vai logo ficar bem e voltar para mim.

Sim, com certeza.

Manoela, você esteve lá?

Sim, mas a mãe dela não nos deixa só por um instante, é terrível. Já pedi que a deixem ficar comigo, mas não. Gabi quer vir, é tão triste ter que deixa-la e ela não consegue falar sua dicção está muito ruim.

É um problema, mas um fonoaudiólogo que indiquei para Paula vai vê-la na próxima semana quando ela for no hospital e provavelmente comesse o tratamento.

Então perguntei:

Paula, você fala sobre a Gabriela com a Paula?

Sim, ela que paga as consultas e tudo mais que a Gabriela precisa.

Eu fiquei puta, e disse:

Não pode ser, eu mando dinheiro para dona Ana toda semana para as despesas e, isso ela não recusa.

Então por que a Paula paga as despesas?

Sério? Vai ver ela está guardando para uma emergência. Eu não sabia, não quero criar mais problema entre você e a família da Gabriela.

Margarete não vou poder ir ver a Gabi na próxima semana, pois vou ter que viajar, mas volto daqui uns 15 dias, não posso ligar para ela, mas você pode entregar uma carta? Na carta eu explico tudo sobre a viagem entre outras coisas.

Ela disse:

 Sim.

Eu entreguei a carta fechada num envelope não lacrado e ainda disse:

Escrevi no computador ela sempre disse que minha letra é como de medico, só fiz foi assinar.

Ela sorriu, pegou a carta e pôs na bolsa.

Conversamos mais um pouco e ela disse que tinha um compromisso.

Perguntou ainda que horas que ia viajar eu disse: Ainda não confirmei, mas será entre 9:30 e 10:00.

Então nos despedimos, ela me desejou boa viagem e que eu aproveitasse e me distraísse. Pensei:

Distrair, sem a Gabi. Difícil.

Ela novamente me abraçou e disse:

Estou aqui, sempre estarei quando precisar.

Eu agradeci, o elevador chegou e ela entrou, sorriu para mim eu sorri de volta e a porta se fechou.

Voltei para o apartamento, queria morrer. Queria sumir. Quero minha Gabriela de volta, quero ela agora!

Dormir naquela cama enorme, sonhar com ela nos meus braços, seu sorriso, seu beijo quente no meu pescoço e tudo ficaria bem. Mas na verdade não era assim, eu só naquela cama enorme e meu amor naquela cama sozinha esperando por minha visita vigiada.

Pensei, quando voltar de viagem isso vai mudar.

 
 
 

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