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PACTO DE AMOR

  • reginalira920
  • 12 de nov.
  • 6 min de leitura
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PACTO DE AMOR

CAPITULO 6

E você está de volta!

Fui direto para o hospital, precisava ver minha amada. O acontecimento com a Lara havia me deixado muita estressada e eu precisava ter aquela paz que só a Gabriela me fazia sentir.

Quando cheguei no hospital a mãe da Gabriela estava lá a minha espera e disse:

Menina te liguei, o que houve que não me atendeu?

Eu respondi:

Desculpa, meu celular deve ter dado problema, o que houve? Algum problema com a Gabi?

Uma notícia ótima, ela está acordando... está tendo estimulo. Não é ótimo?

Sim, posso vê-la?

Sim, e´ por isso que te liguei e você onde estava?

Achei tão estranho ontem você sumiu.

Meu celular não tocou, estou bem e agora vou ficar ainda melhor com essa notícia.

A mãe da Gabi e olhou de cima a baixo e perguntou:

Sabe como será difícil, você tem certeza?

De que está falando? Acha que eu a deixaria, jamais.

Sei que ela ama você e espero que a ame também. Eu não concordo com isso, mas antes de concordar ou não respeito a escolha de Gabriela.

E`, eu sabia que ela não concordava, mas tinha respeito por nossa escolha.

Fomos juntas falar com o médico e ele disse que logo ela voltaria a respirar sem o equipamento e os sedativos seriam retirados aos poucos e então ela acordaria.

Eu sorri, e ele disse:

Vai, acho que tem que trocar a flor.

Sim, eu havia comprado outro girassol e fui trocar. Ela estava imóvel, então falei.

Meu amor, logo estaremos juntas. Não vejo a hora de te ver sorrir de novo para mim. Nossas manhãs, você lembra?

Ela não respondeu, mas logo responderia.

A mãe dela chegou e eu estava acariciando sua mão e ela disse:

Ela está linda hoje, não acha?

Sim, como sempre.

Ela se aproximou deu um beijo na sua testa e disse:

Manoela, vou ter que ir, tenho uns assuntos para resolver e você pode ficar? O médico disse que ela pode acordar a qualquer hora já que estão retirando os sedativos.

Sim, posso. Vou ficar aqui.

Ela então perguntou:

E seu trabalho?

Ah, me deram folga essa semana.

Está bem, vou então.

Ah, você conhece a Paula?

Paula? não.

A Gabriela nunca te falou dela? Eram amigas depois se separam, acho que a Paula arranjou um namorado, sabe como é?

Eu fiquei calada, mas pensei:

A gente nunca falou das nossas ex, nomes e casos, lá no início falamos dos términos e foi só. E agora isso, deve ser a que deixou a Gabriela por que não queria assumir o relacionamento.

Então estou indo, fique em paz querida.

E foi embora. Eu fiquei ali segurando a mão da Gabi e senti um aperto, fraco.  Nossa isso era incrível. Chamei a enfermeira e ela disse:

Tenha calma é assim mesmo, ela está reagindo aos poucos e isso é bom.

Eu posso ficar aqui com ela?

Sim, pode vai ser bom para ela.

Então pus a cadeira ao lado da cama e fiquei segurando a sua mão, perdi a noção do tempo.

Acordei com a enfermeira dizendo:

Moça, acorda precisamos que sai. Temos que fazer procedimentos na paciente.

Nossa já estava anoitecendo, eu havia dormido ao lado dela. Minha mão estava na dela e senti a mão dela apertar a minha. Ela estava voltando para mim, estava sim.

Levantei da cadeira, ai minhas costas, mas tudo bem nada que um alongamento não resolvesse. Beijei sua mão e sai, havia duas enfermeiras esperando e eu disse:

Posso voltar depois?

Uma me respondeu, depois do médico creio que sim, ele vira vê-la.

Fiz um sinal de positivo com a cabeça e sai.

No corredor encontrei a mãe da Gabi e uma moça que logo foi me apresentado como Paula, melhor amiga da Gabi.

Eu fui até elas e disse:

Boa tarde, as enfermeiras pediram que eu saísse, tem que fazer procedimentos e o médico vira vê-la. A mãe da Gabi, disse:

Sim, vamos esperar. Manoela essa é a Paula amiga da Gabriela.

Eu estendi a mão dizendo:

Prazer em conhece-la.

Ela respondeu:

 O mesmo, pena que seja nesta circunstância.

Está acabando logo ela irá para casa.

Ela sorriu e a mãe da Gabi disse:

Vou pegar um café, vocês querem?

Eu respondi que sim e Paula também. Ela vai então pegar os cafés e nos sentamos, acho até que ela queria que ficássemos sozinhas.

Então Paula perguntou:

Como você conheceu a Gabi.

Gabi, era intima da minha Gabriela. E respondi:

Numa parada de ônibus. E você?

Eu era vizinha, estudamos juntas por um tempo.

Sei, e você sabe que eu e ela moramos juntas?

Vocês dividem o apartamento?

Não, ela e´ minha esposa. Pelo menos e o que quero.

Ela sorriu surpresa e disse:

Você e a Gabi. Nunca achei que ela iria se assumir.

Por que?

Nada, só achei.

Você tem algo a me dizer?

Não, por que teria?

Quando ia perguntar sobre elas terem alguma coisa a mãe de Gabi chega com os cafés.

Ela pergunta:

Demorei?

Nós respondemos, quase que juntas:

Não, imagina.

Sentamos e tomamos os cafés em silencio, um silencio cheio de pensamentos e olhares. Então uma enfermeira vem até nós e pergunta:

Vocês são da família da Gabriela?

Podem vir por favor, o médico quer falar com vocês.

Levantamos as três e seguimos a enfermeira até onde estava o médico. Ele estava sentado atrás da mesa e disse:

Boas notícias, agora só uns dias e ela irá acordar e vocês terão que apoia-la no tratamento de recuperação de movimentos entre outras coisas. Mas vai se recuperar.

Ele levantou-se e a mãe da Gabi o abraçou aos prantos ele a abraçou e eu fiquei ali, feliz, mas preocupada. Como seria agora?

Quem ficaria com ela? Como seria sua recuperação?

Eu podia pagar os melhores fisioterapeutas para ela, e poderia ficar com ela 24 horas. Ia dar certo, tinha que dar.

Acordei dos pensamentos quando a Paula, perguntou:

Oi, você vem?

Sim. Fomos vê-la.

Agora ela estava pronta para ir para um quarto, mas não havia lugar só no particular.

A mãe da Gabi então me pergunta:

Você, pode ficar aqui e esperar um quarto?

Eu digo que sim e ela diz:

Não podemos pagar um quarto particular, assim temos que esperar.

Eu penso, eu posso pagar, mas vou esperar ela sair e resolver isso. Não quero dar explicação para ela e ainda mais com a Paula junto.

Qual foi minha surpresa ao ouvir de Paula:

Posso transferir meu convenio, uma semana posso garantir para ela.

Eu disse:

Não, eu resolvo isso. Afinal a Gabi é minha esposa.

A mãe da Gabi, falou para mim:

Que isso, Manoela! A Paula só quer ajudar e você não tem como pagar um quarto nem um dia, que dirá uma semana.

Eu fiquei tão puta, deu vontade de gritar que tinha sim como pagar e que elas que fossem embora que eu ia resolver do meu jeito. Mas não foi o que fiz, nem sei por que não fiz.

Me calei, a Paula sorriu e disse:

Tudo bem, se você não aceitar Manoela.

Não, eu sou a mãe. Muito obrigada minha filha. Muito obrigada!

Paula então foi com a mãe da Gabi para acertar o quarto e eu fiquei ali só. Cheguei perto da Gabi, segurei a sua mão e disse:

Querida, elas terão uma surpresa você vai ver.

Acertaram o quarto e a Paula deixou tudo certo para que a mãe da Gabi ficasse com ela, eu não. Ela me disse que só podia por um acompanhante e achou melhor a mãe.

Eu nem respondi, ela foi levada para o 4 andar onde era a ala de pacientes particular e eu mal pude vê-la.

Paula era uma arquiteta em início de carreira, mas já estava trabalhando numa empresa solida e seu salário era bom. E aí aproveitou e ajudou a amiga. Mas tinha algo nisso, por que?

Eu que deveria ficar no quarto, afinal era sua esposa. Então quando a mãe da Gabi foi vê-la no quarto eu chamei a Paula e perguntei:

Por que?

Por que, o que?

Não se faça de boba, eu sou a esposa dela. Eu deveria ter ficado com ela no quarto.

Você? Esposa? Você não casou com ela. E vou te dizer nem sei como ela foi ficar com você. Pelo que conheço a Gabi você não faz o tipo dela.

Você está falando o que?

Estou falando que vou lutar por ela e não vai ser você que vai ficar no meu caminho. Eu a deixei uma vez, mas não vou deixar mais.

Como assim? Você está falando que foi você que a deixou.

A mãe da Gabi chegou bem na hora, eu ia era fazer ela engolir todas aquelas palavras. Estava visivelmente brava e a Paula ainda disse:

D.Ana quer que passe na sua casa e pegue algumas roupas?

Sim minha querida, e você poderia dar uma carona para Manoela ela deve estar cansada.

Eu disse:

Não obrigada, vou de ônibus mesmo.

Paula deu de ombros para mim, abraçou a D.Ana e disse:

Vou até sua casa e volto, não demoro. Se despediu e foi embora.

Eu quis ver a Gabi antes de ir, mas não pude, e a D.Ana nem fez questão de dizer quem eu era para o segurança, ela subiu e eu fiquei lá embaixo tentando dizer que era a esposa da paciente do quarto 412, mas nada, ele só autorizava a Sra. Ana.

As enfermeiras que me viram todos os dias lá sabiam quem eu era, mas nada podiam fazer, área particular era outra coisa.

Então fui embora, peguei um taxi e falei alto:

Amanhã tudo vai mudar, a se vai!!

 
 
 

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